Por ondas tortas eu navego
Vejo o sol descendo pelos céus
E dormindo no horizonte escurecido
Pelas paredes da noite, cheia de estrelas
Andando na ponta dos pés, caindo
Em cada lago na Terra, em cada olho
Que ousa duvidar do que vê ou sente…

Por ventos trêmulos eu caminho
Vejo a lua navegando pelos céus
E acordando o horizonte esclarecido
Pelas janelas do dia, cheio de nuvens
Atuando no palco azul, caindo
Em cada montanha na Terra, em cada boca
Que ousa duvidar do que faz ou quer…

Por almas incertas eu flutuo
Vejo a terra descendo e subindo aos céus
E pensando estar sem o horizonte infinito
Pois as palavras do Mundo estão cheias
De reflexos mortos e seres alados caídos
Em cada mente na Terra, em cada espírito
Que ousou achar que duvidar era se entender!