Saibas, Carolina
Que teu são perfume
Rega as flores doces
De minha alma ladra:
Roubo teus tão vastos
Olhos, teu olhar terno
Como um rio de outono;
Roubo teu tão lasso
Toque, feito em rápido
Prazer, que só some
Igual vil fumaça…

E se tu, pintora
De corações, ver
Meu favo vazio:
Traga as boas abelhas
Para que do mel
Velho surja novo
Que escorre nos céus
Igual chuva fria
De noite sem medo
E amor em demora!